Rever, replanejar, refazer


Fim de ano e aqueles balanços de sempre, certo? Pois bem… este ano esse momento chega junto com o famigerado Mercúrio retrógrado. Corram para as montanhas! Só que não. É a melhor oportunidade para fazer isso.

Quando o planeta da comunicação começa a andar “para trás” – eu vou aqui colocar um link bacana que explica isso melhor – significa que precisamos fazer exatamente o que não pregam por aí: olhar para trás.

Vivemos alimentados pela novidade. Pelo que vem a seguir. Pelo próximo. E, seguremos as cadeiras, não é o que o tempo nos permite. Ou favorece.

Então, por que não aproveitar essa energia toda e rever o ano, voltar no que deixamos inacabado e pensar se alguns movimentos ainda valem a pena?

Bom, um dos movimentos que tomamos aqui em casa e não pretendemos retomar foi dar um fim na TV a cabo. Demos cabo no cabo! Pouco víamos TV em casa e vira e mexe, ficamos  zapeando e chiando que não tem nada de bom pra ver. Cortamos uma despesa e nos resolvemos com rádio, YouTube, Netflix e um Chrome Cast.


Uma das coisas que está ganhando revisão agora são as minhas práticas de Yoga. Faz uma semana que eu dei uma pausa. Retomarei no com Revolution Challenge, proposto pela Adriene Mischler, em seu canal Yoga with Adriene. Um must. Passa por lá!

Estou sentindo alguns “blasts from the past”, com coisas que eu sentia que eram significativas para mim e acabaram esmaecendo. De forma, que voltei a estudar Filosofia de uma forma “livre”, mas que me faz voltar a algo que eu postei no Facebook anos atrás:

 

Nesta mesma pegada, tive que REfazer parte do meu guarda-roupa… Não tem nada mais irritante do que calça caindo – SÓ QUE NÃO! 

Voltei também com as minhas frescuras com as minhas unhas, porque mereço!

Estou ouvindo todos os podcasts dos Minimalists novamente. Voltar a me integrar nisso. Juntamente com alguns vídeos e reflexões budistas. Fez muita diferença na minha vida e merece uma visita e uma integração mais presente.

E um movimento novo, que na verdade é um de 20 anos atrás, é fazer uma espécie de diário-agenda… num sistema chamado Bullet Journal. Já existe uma comunidade razoável no Brasil de pessoas fazendo seus planejamentos neste sistema e a grande coisa é que pode ser tanto prático, pelo jeito que se planeja nele, quanto terapêutico, pelas tantas coisas coisas que o sistema oferece, como uma forma de fazer reflexões ou colocar notas, desenhos e coleções, tudo no mesmo caderno.


Uma comunidade bacana no Facebook, em português, é Bullet Journal Brasil – Bullet Lovers. Eu gosto das ideias e das trocas… eu evito as questões mais voltadas para a questão de coaching etc e tal… Também me incomoda que as pessoas colocam inspirações sem dar o crédito de onde elas vem. Quem acompanha #bujo ou #bulletjournal no Instagram, sabe de quem são e acho chato não creditar… Enfim, vale a pena conhecer, se você não fala inglês.

Um site que estou amando sobre o assunto é do Kara Benz, o Boho Berry, cheio de ideias, inspirações e tutoriais.

E, claro, o vídeo do autor do sistema original, Ryder Caroll.

Por fim, queridos… o ano não precisa terminar. Na verdade, temos 3 a 4 períodos como esse, de Mercúrio retrógrado por ano. Mas achei esse bem específico pelo timing.

Como foi o seu ano? Sem reclamações ou mimimi. Foi duro para todo mundo… Faça uma avaliação honesta. Tenho certeza que houveram recompensas, ganhos, vitórias, conquistas. Não  se pode deixar que os pesos pesem para sempre. Como as vitórias não brilharão pelo mesmo tempo. Mas, são passos nesse caminho que nem sabemos onde vai dar. Seja presente com o seu presente. Aliás, quantos presentes você já não ganhou?

Um beijo e até 2017!

Pietra

E 2015, hein gente?

Chegam estes 10 últimos dias do ano e a gente começa a fazer alguns balanços da vida, certo?

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Já vi alguns escritos por aí, de pessoas que estão desapontadas com 2015 de um jeito que ou ele há se sentir rejeitado ou ainda guarda o susto final antes dos créditos do filme (ano)…

De uma certa forma, 2015 vai ser sim um ano memorável, para mim pelo menos. Parece que tudo que se viveu em 365 dias – e ainda não teve o episódio final – caberia num box com 10 blu-rays e comentários do diretor.  Mas, de qualquer forma, talvez a coisa aconteça por aí mesmo. Muitos anos dentro de um que, convencionalmente, chamamos de ano.

As épocas passam e precisamos de alguns marcos para ajudarem as pessoas a fazer planos… são nossos anos, aniversários e coisas assim. As estações do ano… o ano letivo – no meu caso. Cada parte de “tempo” tem suas especificidades e, mais que isso, elas passam. Elas se seguem.

Querer fazer um “espaço” cronológico é quase uma loucura. Não acho que é possível fazer a coisa funcionar como aquelas linhas que nos apresentam em livros de História, por exemplo. O TEMPO é uma cadeia, uma espiral. E quantas vezes não nos vimos voltando a determinados pontos. Começar da estaca zero? E isso não foi privilégio de 2015.

Aliás, em uma nota bem pessoal, prefiro 10 2015s a meio 2012.

Sinceramente, acho que não precisamos esperar o dia 31/12 ou 01/01 para fazer planos ou resoluções. Primeiro, porque sabemos que esses falham ou furam. Segundo, porque é uma tremenda ilusão achar que as doze badaladas do relógio vai, magicamente, resolver nossos problemas… ou nos motivar… ou qualquer coisa que o valha.

Claro que eu sei que agora é um momento, um tempo, no qual as pessoas tendem a ficar mais afastadas, tiram pequenos recessos, fazem seus balanços e a coisa toda. Porém, isso tudo é uma formalidade.

Assim, recomendo que, não dependendo do funcionamento de dias úteis, faça suas resoluções agora e as coloque em curso. Caso contrário, vai ser como esperar aquela segunda-feira que nunca chega para começar a academia.

Nem sempre acontecimentos favoráveis estão em nossos caminhos. Eu não consigo me lembrar de um ano que não aconteceram coisas melhores ou piores. Eu me recordo, sim, de tempos que eu consegui lidar melhor ou pior com as coisas.

2016 vai ser melhor? Tomara. Quem sabe não consigamos fazer o nosso tempo valer um pouco mais? Talvez tenhamos chance, depois dessa temporada maluca de 2015, de observar nossos passos, fazer uma avaliação do caminho e seguir com um pouco mais de leveza.

A chuva vai continuar caindo. Pode ser que sejamos mandados embora do emprego. Que alguém que amamos parta. Pode ser também, que sejamos promovidos, que um estado de saúde melhore sensivelmente. Que o amor se mude para sua casa de mala e cuia.

2016 vai ser a continuação de um caminho. Aquele que os primeiros que foram dados no seu primeiro suspiro. Pode ser sim que umas partes da estrada tenham mais flores, e outros, sejam de cascalho e lama. Mas, não precisamos de tudo isso para construir um repertório de vivências? Disso nasce a sabedoria… e pode ser que esse seja o verdadeiro curso da vida. Ganhar conhecimento para lidar melhor com o caminho do TEMPO. 

É como atirar uma pedra num lago profundo: Plaft! Um barulho enorme ecoa ao redor… Agora, só nos resta aguardar e observar atentamente o que vai sair de dentro do lago

– Haruki Murakami, 1q84, livro 1

Pietra