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Virginia Woolf dizia que uma mulher precisa de um lugar só seu para poder fazer seu trabalho literário fluir. Não consigo discordar. Nosso tempo é um de tantas transições que, correndo um risco medonho de parecer um clichê, nem sempre as mulheres conseguem ter um quarto, físico ou cronológico só seu para colocar para fora o que pensam. Aqui é o quarto. De quem trabalha 45 horas por semana. Que tinha medo de colocar determinadas palavras nas redes sociais. Lá elas são rapidamente esquecidas. Um lugar de experimentos literários ou de futilidades para aliviar a cabeça. Ali no canto há uma cadeira e uma luminária. Onde livros são devorados ou jogados pela janela. Também existe aqui uma pequena cozinha, porque, não podemos amar bem se não comemos bem – sim, Virgínia Woolf de novo. Não posso me esquecer da mesa, que apóia cada uma dessas letras, da caixa de areia dos gatos – são 4 mais os cachorros – e a cama, afinal, todas merecemos descanso.

Isso tudo é uma saída. De concretizar alguns pensamentos de 30 e alguns anos de vida.

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